Ontem à noite aconteceu em Florianópolis a festa de premiação da edição 2007/2008 de VEJA Santa Catarina, que apresenta os melhores restaurantes, bares e comidinhas da capital, do vale europeu (Blumenau e região) e do litoral.
A partir deste sábado, as bancas e os assinantes locais de VEJA vão receber a revista. Também no sábado entra no ar o resultado da edição, no site http://www.vejasantacatarina.com.br/.
Uma vez mais, a grife El Divino papou o prêmio de Bar Para Dançar. Digo grife porque se trata de uma marca que surgiu na ilha de Ibiza, nos anos 80, e se espalhou pelo mundo.
Chegou ao Brasil, a Floripa, em 2004. Entra verão, sai verão e as três casas da rede El Divino – o Club, o Lounge e o Beach – continuam sendo as melhores opções de balada por lá.
Gosto, especialmente, da El Divino Beach, que fica na areia da praia de Jurerê Internacional. Há dias que aquilo ali se transforma mesmo numa espécie de Ibiza brazuca. Um baita sol e a balada rolando, as pessoas circulando à vontade, no mais próximo que se pode chegar de um clima hedonista – bom, sempre haverá crianças por perto, na areia…
Coincidentemente, ontem à noite estive no Calà del Grau, um bar-restaurante especializado em comida espanhola, na Vila Mariana.
Os donos pertencem à quinta geração de uma família de agricultores, que plantavam arroz na região de El Grau, próximo a Valência.
O bar funciona num sobrado, tem um terracinho e dois salões. Com iluminação suave e ambiente tranqüilo, é uma boa pedida para ir “de casalzinho”, para relaxar. Tem pratos para quem queira jantar e tapas para quem queira petiscar.
Tapas, a quem ainda não foi apresentado, são nada mais que petiscos. Na Espanha os bares os servem tanto em porções como individualmente. Podem ser um bolinho, um canapé ou algo parecido com um pastel.
No Calà del Grau, a graça é pedir uma porção diferente por pessoa, a fim de experimentar um pouco de várias coisas.
Começamos pelo couvert “de la reina”, deliciosa porção de pimentões assados e temperados combinada com isquinhas frias de cação à milanesa e numa espécie de vinagrete. Sai R$ 3,50 por pessoa.
Como estávamos em duas pessoas, pedimos uma porção de croquetes de carne (R$ 9,00), uma de lula a dorê (R$ 15,00) e uma tortilla com tomates (R$ 8,00).
O garçom bem que poderia ter avisado que era muita coisa, afinal, em bares de tapas as porções são pequenas.
Depois do couvert, passamos aos deliciosos croquetes, pequenos, feitos com patinho. O toque diferente, explica o dono do bar, Juan Quilis, é o acréscimo de canela na hora em que os bolinhos são enrolados. Com uma gota da pimenta da casa, ficou ainda melhor.
Em seguida veio a lula. A casquinha dourada estava bem sequinha, mas os anéis poderiam ter sido cortados de forma mais fininha. Acho que, com mais de meio centímetro de largura, ela fica um tanto borrachuda.
Já a tortilla, confesso, só peguei um pedacinho e não me empolguei, porque tinha comido demais.
Bebemos duas meias-garrafas de vinho argentino, Alfredo Roca Malbec (R$ 14,00) e Cava Negra Malbec (R$ 19,00). A carta de vinhos, aliás, não era extensa, mas achei os preços bem justos. Gostei de ter visto mais de uma opção em meia-garrafa e também em taça – outros bares poderiam seguir o exemplo. E o Calà del Grau, para ficar ainda melhor, poderia substituir as taças de vinho atuais por outras de vidro mais fino, como as oficiais de degustação.
Fiquei com vontade de voltar para experimentar a paella Calà del Grau, que deve ser reservada por quinze pessoas (R$ 39,00 por pessoa). Quem sabe acompanhada de um vinho bacana, em um copo mais adequado?
Calà del Grau – Rua Joaquim Távora, 1266, Vila Mariana, São Paulo, tel. 5549-3210.
El Divino – Rua Almirante Lamego, 1147, centro, Florianópolis, tel. (48) 3225-1266.
Se utilizar taça de vidro mais fino perde o espírito do ‘ir de tapas’ castiço espanhol.
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