Quando foi para a rua a alma do Bar da Elias manteve-se alviverde – já vi por ali o César Maluco e o Waldir de Moraes, respectivamente ex-atacante e ex-goleiro da Academia – mas passou a receber outras torcidas. Tanto é que o cineasta Ugo Giorgetti usou as dependências da casa como locação no impagável filme Boleiros.
Aliás, tenho certeza que a relação entre boleiros e botequeiros começou ao fim do primeiro jogo disputado neste país. Charles Miller deve ter perguntado: “E agora, rapaziada, onde vamos tomar a cervejinha?”
Brasil, mundo afora, há milhares de bares e botequins que homenageiam diferentes clubes. Já que muitos campeonatos estaduais começam esta semana, vou indicar alguns que conheço. Abaixo falarei de alguns em São Paulo. Num outro post vou completar com casas de outros lugares.
Bar do Giba: Fotos e referências ao Santos Futebol Clube compõem a decoração deste botecaço em Moema, algo deslocado da vizinhança abonada, por conta de sua simplicidade. Não há cardápio, por isso você deve pedir ao garçom uma porção de pastéis (vá por mim, encare um de cada sabor). Avenida Moaci, 574, Moema, tel. (11) 5535-9220.
Boleiros: Cerca de 300 fotos emolduram a parede do bar – uma delas imortaliza o gol mais bonito de Pelé, feito num jogo enter Santos e Juventus, na Rua Javari. Rua Ministro Jesuíno Cardoso, 624, Vila Olímpia, tel. (11) 3849-8042.
Cais do Porto Taberna: Instalada dentro da sede da Portuguesa, ao lado do estádio do Canindé, é na verdade uma casa de fado. Mas pode servir de concentração para quem for assistir a um jogo da Lusa, assim que o estádio for reaberto. As pataniscas, feitas com bacalhau, são petiscos deliciosos. Rua Comendador Nestor Pereira, 33, portão 3 (Associação Portuguesa de Desportos), Pari, tel. (11) 3228-2627.
Elidio: Elídio Raimondi é sãopaulino, mas na parede de seu bar – eleito o melhor boteco da cidade pelo júri de VEJA São Paulo – há fotos e autógrafos de jogadores de diversos times. Se a visita já vale nem que seja só para ficar olhando essas relíquias, imagine a dificuldade de escolher entre os cem tipos de petiscos dispostos sobre o balcão. O chope é ótimo. Rua Isabel Dias, 57, Mooca, tel. (11) 6966-5805.
Giba’s Bar: Basílio (que também jogou no Corinthians e na Lusa), Badeco e outros ex-jogadores do Juventus costumam passar pelo botequim de esquina, que fica bem perto do estádio da Rua Javari. Não há muito o que comer por lá – uma porção de queijo vai bem – mas a cerveja está sempre gelada. Rua Visconde de Laguna, 139, Mooca, tel. (11) 6692-0026.
Léo: O chope impecável e o bolinho de bacalhau são as duas principais razões que levam devotos ao bar aberto nos anos 40. Diz a lenda que um dos antigos donos era conselheiro do Corinthians. Deve ser verdade, tanto é que a casa não funciona aos domingos porque “o Curintia joga”. Rua Aurora, 100, Santa Ifigênia, tel. (11) 3221-0247.
São Cristóvão: O nome é uma homenagem ao clube carioca que revelou Ronaldo Fenômeno, mas as paredes também são revestidas de fotos de jogadores de clubes de todo o mundo. Além de servir um bom chope e de uma feijoada decente, o bar vende camisas old fashioned de times de futebol. Já comprei uma do São Paulo dos anos 40 e uma da Lusa dos anos 50, muito bacanas. Custam 120 reais. Rua Aspicuelta, 533, Vila Madalena, tel. (11) 3097-9904.
Miguelito’s, qué isso meu velho? Pouquíssimas referências ao Coringão nesse roteiro….Assim não dá..tem que ser imparcial…..aproveito esse espaço para um Feliz 2008….um abraço, Helio
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Salve Helião!Feliz 2008 também! Pô, indiquei um bar para cada torcida! Se bem que os corinthianos não vão ter muitos motivos para comemorar este ano, né não?abraços tricolores.
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