Esses botecos maravilhosos e seus nomes esquisitos

Neste fim de semana chega às bancas e aos assinantes do Vale do Paraíba, do Litoral Norte paulista e da Serra da Mantiqueira a edição especial VEJA Mar, Vale & Montanha (leia mais aqui). A revista apresenta 546 bares, restaurantes e casas de comidinhas em cerca de vinte cidades.

Os jurados da edição elegeram o Bar Coronel, de São José dos Campos, o melhor boteco da região. Trata-se de um estabelecimento aberto em 1992 no mesmo ponto central em que funcionava uma quitanda e que homenageia ilustres botecos paulistanos.

O extenso e vistoso balcão de petiscos, por exemplo, foi inspirado no do Elídio Bar, da Mooca. Ali (no do Coronel) há salsichão, queijos e mais queijos, tomate seco, ovos de codorna, picles e outras bobagens deliciosas. O pastel de bacalhau imita o do Hocca Bar e o imenso sanduba de mortadela é uma referência ao do Bar do Mané — ambos estabelecimentos são pontos de passagem obrigatória a quem visita o Mercado Municipal paulistano. Para beber há chope e cachaças, entre elas marcas mineiras e catarinenses.

Fazem companhia ao Bar Coronel, na seção de bares do guia, alguns botecos de nomes curiosíssimos e tira-gostos que pouco são vistos hoje em dia, mesmo nas melhores casas do gênero, pelo país a fora.

No Bar Avanço, em Taubaté, por exemplo, José Francisco Moreira Filho, o Chico, faz questão de manter no cardápio, desde 1970, o singelo ovo cozido, daqueles cuja casca ganha por aí cores como azul e vermelho.

Tem moça que jamais colocaria seus pezinhos 36 num lugar com esse nome, mas o fato é que o Bar do Pereba, em funcionamento há quinze anos tambám em Taubaté, prepara delícias como a costelinha de cordeiro com molho de hortelã e as tulipas de frango com molhop barbecue picante.

O Bar do Zebra não é nenhuma sucursal do zoológico, mas ali a fauna mescla estudantes da Universidade de Taubaté e profissionais liberais. A bebida oficial é a cerveja, que acompanha o lanche-porção de filé mignon.

Ainda em Taubaté, o Barril do Zé Bigode é ponto de encontro de quem gosta de pescaria e, mais ainda, daqueles que apreciam tucunaré, cação, lambari e traíra. José Carlos Almeida dos Santos, o Zé Bigode, ostenta nas paredes do bar fotos de suas aventuras em mares e rios.

Em Jacareí, por fim, fica o bar que faz certamente o maior torresmo do Brasil. Na Tião Lanchonete, cada torresmo tem 20 (vinte!) centímetros crocantes de comprimento. Servida com ou sem farofa, fritas e limão, a iguaria — sim, iguaria — é procurada por fregueses de outros bairros e até por gente de outras cidades do Vale.

Se alguém souber de algum bar em que seja possível encontrar um torresmo maior que esse, por favor me avise – e ao meu cardiologista.

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