Na imagem acima, da esquerda para a direita, estão minha mãe, sua amiga Beth e José Bispo Clementino dos Santos, o Jamelão. Esta foto foi clicada cerca de dois anos atrás, na minha casa.
Era um domingo e eu acordei com vontade de fazer uma moqueca. Convidei meia dúzia de amigos e, após a confirmação da presença deles, segui para o Mercado Municipal para comprar uns camarões.
No caminho de volta para casa, meu celular tocou. Era Airton, meu amigo, respondendo tardiamente à convocação: “estarei lá, sim, mas posso levar um amigo?”
Confesso que fiquei contrariado porque tinha calculado mais ou menos a quantidade de camarão conforme o número de presentes.
Enquanto eu preparava a moqueca, as pessoas começaram a chegar. Até que o porteiro informou da chegada do Airton.
Quando abri a porta para recebê-lo, à sua frente estava Jamelão. “Este aqui é que é meu amigo, tudo certo?” Desconcertado, recebi a dupla rapidamente, pois tinha de voltar ao fogão. A saber: o Airton era uma espécie de cicerone do sambista em São Paulo, que na época se apresentava toda quarta-feira no Bar Brahma.
Assim que Jamelão acomodou-se num canto da mesa, foi-lhe oferecida uma bebida. Entre cerveja, cachaça e uísque, quis tomar… caipirinha.
Repare, leitor, no copo vazio à frente dele. Sim, banquei o barman e arrisquei. Na hora, só conseguia lembrar das dicas de barmen como Derivan (do Esch Cafe) e Souza (do Veloso): 1. corte o limão em dois, num lance longitudinal; 2. retire a membrana que atravessa a fruta e que a torna mais amarga; 3. fatie; 4. jogue uma colher (sopa) de açúcar e macere mais com jeito do que com força; 5. encha de gelo e complete com cachaça.
Jamelão, aos 92 anos, tomou 4 dessas naquela tarde. Acho que acertei a mão.
Bar Brahma. Avenida São João, 677, Centro, tel. (11) 3333-0855.
Esch Cafe. Alameda Lorena, 1899, Jardim Paulista, tel. (11) 3062-2285.
Veloso. Rua Coneceição Veloso, 56, Vila Mariana, tel. (11) 5572-0254.
Ameio o texto, o Jamelão, a caipirinha… Parabéns!
LikeLike