“Por problemas de importação, não podemos servi-lo chope Guinness, Old Speckled Hen e Newcastle. Agradecemos a preferência e informamos que a previsão de volta [sic] é para próxima semana. Obrigado pela compreensão.”
Até a tarde deste domingo, pelo menos, a advertência acima ainda aparecia em um recorte de papel anexado ao cardápio do Drake’s Pub, conforme pude conferir, assim que o garçom me entregou o cardápio. Ao perguntar à funcionária do caixa mais detalhes sobre a falta da irlandesa Guinness — os fregueses, de repente, pegaram o patrão de surpresa? Ele está em dívida com o importador? As fontes de água na Irlanda congelaram? — o máximo que ela soube dizer é que fazia cerca de quinze dias que os barris da bebida não chegavam ao estabelecimento.
Intrigado, hoje resolvi ligar para outros bares, a fim de saber se a história se repetia: no Frangó, desde a terceira semana de janeiro as torneiras de Guinness estão secas. No Finnegan’s, a estiagem já dura três semanas. O que estaria acontecendo, afinal?
Uma breve oração a Saint Patrick, o padroeiro dos beberrões irlandeses, e ele me trouxe a luz: após dar dois ou três telefonemas, consegui falar com Daniel Mourão, responsável no Brasil pela área de marketing da Guinness na Diageo, a multinacional que controla a marca. Segundo ele, o desabastecimento, digamos assim, do chope se deve às recentes mudanças no sistema de cobrança de impostos sobre a importação de cerveja. “Tivemos problemas internos para nos adaptarmos aos novos trâmites”, disse Mourão a este blogueiro. “Além disso, a procura pela cerveja aumentou”.
A bem da verdade, importar cervejas, vinhos ou qualquer outro produto semelhante não é tarefa fácil. No caso de Guinness, o processo pode levar até quatro meses, garante Mourão. O transporte dos barris leva três semanas desde a Europa até o porto de Santos. Já no Brasil, o processo de liberação do produto – perecível, é bom lembrar – dura de dois a três meses, em média. Fosse uma cerveja do tipo pilsen, estaria imprestável para o consumo.
Segundo a Diageo, até o fim de fevereiro todos os 120 pontos de venda de chope Guinness no Brasil deverão estar com o abastecimento normalizado. Promessa feita a Saint Patrick, que tem seu dia celebrado em 17 de março.
Atualização feita às 15h18 de terça-feira, 10 de fevereiro:
PS: o primeiro carregamento de Guinness, que chegou ao porto de Santos em 7 de janeiro, ainda está embaraçado
Parabéns pela investigação. Tbm tentei tomar minha Guinness no Muligan e nada. Continuo rezando a Saint Patrick…. absSergiohttp://zebradeluxe.blogspot.com/
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Olá Sergio,Obrigado pelos comentários. Vamos continuar fiscalizando, hehe!Abraços e volte sempre.
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Miguel, fico feliz em dizer que chegou Guinness ontem a tarde… o padoeiro irlandes estar sorrindo novamente!!abraço,Greigor (do drakes)
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É Miguel, essa seca da Guinness esta fazendo uns estragos para nós fieis desse santo remédio irlandes.A situação aqui no Rio esta tensa, não se acha A irlandesa não esta sendo localizada em nenhum lugar, ja procurei até em lojas de cds, vai que ela esta atra do cd do U2!Minha situação é triste se você souber sobre a situação aqui pro Rio me da um toque. vlw?Abraço
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Caro Leonardo,se eu conseguir sair da redação em tempo de tomar uma Guinness neste St. Patrick’s Day, farei uma oraçãom, rezarei Pai Nosso e Ave Maria e pedirei que não falte mais Guinness nos nossos copos.Abraço e volte sempre.
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Ae moçada!!
Chopp GUINNESS pela metade do preço eh BH!!
http://citybestbrasil.blogspot.com/2010/06/chope-guinness-com-50-de-desconto-so-no.html
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