Nos últimos quatro dias, meu organismo certamente consumiu mais ômega-3 do que em todos os outros 33 anos, dois meses e dezoito dias de sua vida.
A razão é simples: tanto no almoço tardio de domingo como no da terça-feira, meu cardápio incluiu quantidades generosas de sardinha. O peixe preferido do meu vira-latas Thobias tem esse nome, vejam só, pois costumava nadar em cardumes pelo Mediterrâneo, na costa da Sardenha. Uma espécie migratória, é encontrada também no litoral japonês, no do Chile, na Califórnia, na África e no Brasil.
Diz a revista Saúde!, a sardinha é um dos mais ricos fornecedores do ácido graxo ômega-3, que ajuda o corpo humano a prevenir doenças no coração, no intestino e nas articulações. Cada 100 gramas de sardinha fornece de 1,5 a 2,5 gramas de ômega-3 – mais que o salmão, o atum e o bacalhau!
Bacalhau, aliás, também fez parte do meu menu nesses dois dias. No Jabuti, onde estive no domingo, comecei com dois bons bolinhos para acompanhar o chope que, ali, nunca esteve tão cremoso. Na seqüência, pedi sardinhas escabeche, acompanhadas de um pãozinho francês crocante, cujas rodelas combinadas com o molho transformaram-se em óbvios canapés.
Na terça-feira, o almoço mensal da minha confraria – que se reúne em botecos ou restaurantes com alma boêmia a fim de combinar a cozinha desses lugares com bons vinhos (leia mais sobre a confraria aqui) – chegou à Casa Santos. Notei que o estabelecimento, um dos mais antigos do Pari, passou por reforma nos últimos anos. O salão, providencialmente climatizado, ganhou pintura nova e mais fotos antigas da cidade e do bairro.
Precedidas por excelentes bolinhos de bacalhau – graúdos, com casca crocante e regados por um bom azeite –, as sardinhas desembarcaram sobre a mesa preparadas à portuguesa (temperadas com limão e sal, na grelha, e guarnecidas de rodelas de cebola e pimentão). Dessa forma, o sabor marcante, mineral e levemente defumado do pescado pareceu destacar-se ainda mais. Dos vinhos degustados, apenas o argentino Salentein sauvignon blanc/chardonnay foi páreo para as ditas cujas.
Confesso que depois de ler a reportagem da Saúde! não consigo conter a alegria e a vontade de tirar uma casquinha dos patrulheiros das gorduras e pseudomales contidos em certas comidas de botequim.
Taí a prova de que Homer Simpson está certo: “salada não leva a nada!”
Casa Santos. Rua Conselheiro Dantas, 92, Pari, tel. (11) 3228-5971.
Jabuti. Avenida Conselheiro Rodrigues Alves, 1315, Vila Mariana, tel. (11) 5549-8304.
Miguel, no Claudio’s Grill, um restaurante especializado em peixes grelhados, ali em Perdizes, tem uam sardinha portuguesa sensacional.
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Recomendo o Bar do Vito (Endereço: Avenida Zelina, 851 – Vila Zelina).Lá tem uma sardinha enrolada em uma cebola que ficam em um vidro em conserva que é lindo.Clima total de buteco… daqueles que, cada cliente que entra cumprimenta a todos os presentes.Abraços
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Grande Miguel,Qualquer tipo de peixe é sempre uma delícia. Vamos fazer seu cardápio continuar com essa riqueza. Estou em Campos do Jordão, para participar de um evento aqui no Baden Baden, reunindo 3 craques da cozinha: Murakami, Ivo Faria e Rodrigo Oliveira. E o Murakami contou que aguardo ansioso a sua visita ao Kinoshita.A minha única preocupação é saber se você não engasgou com os espinhos do peixe da Vila, no domingo passado?
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Raquel, obrigado pela dica! Vou conferir.
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Mesa pra 1,Humildemente sinto-me honrado por ter apresentado o Bar do Vito para os leitores da Vejinha quando, em 2007, escrevi um destaque na coluna 50 Bares. Na ocasião, o titular, Fabio Wrigh, estava de férias. Aproveito para agradecer ao chapa Zedu camargo, do Guia Quatro Rodas, que foi quem me ensinou o caminho para chegar ao grande Bar do Vito!Obrigado e volte sempre.
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É, Ricardão, quero aproveitar para parabenizar a você e a todos os palmeirenses pela conquista do troféu Osvaldo Brandão. Pena que não vi o Luxa erguendo tão importante taça…
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