Não pense o leitor que eu sou um sujeito implicante. Ao contrário, penso que as coisas devem ser simples. Acontece que eu acho que os garçons do Bar do Juarez devem dicordar de mim. Ou não falam a mesma língua que eu. Ou são mal treinados.
Um ano e meio atrás escrevi um post (leia aqui) sobre uma experiência frustrante pela qual passei na primeira visita que fiz à casa. Em resumo, contei que numa bonita noite de maio de 2009, depois de deixar a redação de VEJA, resolvi tomar um chopinho ali. E o que era para ser um fim de noite relaxante, depois de um dia longo de trabalho, transformou-se em irritação porque vi os garçons circularem pelos diversos ambientes da casa carregando bandejas cheias de copos de chope, sem que nenhum cliente os pedisse.

Assim, não! (foto: Rodrigo Braga)
E qual seria o problema? Muito simples: como a casa tem uma área relativamente grande, ao infeliz que coubesse o último copo ao fim daquele passeio do garçom estaria reservada uma bebida com temperatura inadequada e colarinho quase inexistente. Ou seja, uma bebida ruim.
Pois estive lá na sexta-feira passada e o que aconteceu? A mesmíssima coisa – convém lembrar que esse expediente deplorável não é exclusividade do Juarez. Mas o fato é que pelo menos três garçons diferentes chegaram à minha mesa depois de fazer um tour pelo bar. Menos mal, após eu lhes passar um senhor sermão, me trouxeram o chope em condições perfeitas.

Assim, sim! (foto: Dudu Antunes)
É bom lembrar, pela enésima vez, que não se trata de preciosismo. A espuma do colarinho tem uma função: a de manter a temperatura e a de proteger o líquido contra a oxidação e contra a perda do gás.
Para este blogueiro, insisto, as coisas são simples: a felicidade tem de dois a três dedos de espuma densa e cremosa, fazendo aquela ondinha sobre o líquido dourado, como se fosse o mar do posto 9 num fim de tarde.
Bom fim de semana, bom feriado e votem bem.
Bar do Juarez. Rua Deputado Lacerda Franco, 642, Pinheiros, tel. (11) 3578-5228.