
Salão do Bar do Magrão, no Ipiranga / Foto: Mario Rodrigues
Quis o destino – ou Gobbo, o anjo protetor dos bares – que eu estivesse ao lado de Luiz Antonio Sampaio, o Magrão, na manhã de hoje, no exato momento em que seu bar era anunciado como o vencedor da primeira edição paulistana do festival Comida di Buteco.
“Pô, meu bar nunca ganha nada, já anunciaram o quinto lugar, o quarto, o terceiro, o segundo, já era…”, lamentava o Magrão, inconformado, minutos, segundos, talvez, antes de sair correndo, aos berros, meio chorando, em direção ao palco montado num salão em pleno Mercado Municipal Paulistano, onde viria a receber o troféu pela conquista.
Seu escondidinho de bacalhau conquistou o paladar do público e dos jurados que percorreram os 49 bares concorrentes, nas cinco regiões da cidade – centro e zonas Norte, Leste, Oeste e Sul – em busca do petisco perfeito.
O pódio foi completado pelo Lewis Bar – botecaço aberto na Lapa por um ex-garçom do vizinho Valadares, que alcançou o vice-campeonato com uma sensacional porção de panceta frita na hora -, e pelo Tiro-Liro, de Perdizes, que levou o bronze com a deliciosa e crocante cestinha de parmesão com batata recheada de bacalhau puxado no azeite e no alho.
Entre tantos bons participantes do Comida di Buteco, o Bar do Magrão merece o título. Trata-se de um boteco que está sempre se renovando sem, no entanto, perder sua identidade original. Desde 1995 na ativa, não há uma noite que não se ouça ali no bar os riffs de Keith Richards, Eric Clapton e Jimmy Page ou de qualquer outro grande roqueiro “das antigas”. Atento às tendências, Magrão dobrou recentemente a quantidade de rótulos de cerveja em sua carta, para 140 marcas. Se o escondidinho é o petisco da vez, não saem do cardápio as porções de ravióli e outras massas que Magrão importa da cozinha de sua cantina, vizinha de parede do bar.

Magrão: minutos após vencer o Comida di Buteco / Foto: Miguel Icassatti
Magrão trabalha em família, ao lado da mulher Mônica e do filho Giovanni, a quem Magrão incentivou a estudar gastronomia e a quem atribui a execução do premiado escondidinho de bacalhau. É ao lado deles que na noite de hoje – e por um bom tempo – as caixas de som do Bar do Magrão vão abrir espaço para o Queen, de Brian May, seu riff e o coro de “We are the champions”.
Bar do Magrão. Rua Agostinho Gomes, 2988, Ipiranga, São Paulo – SP, tel. (11) 2061-6649.
PARABENS !!! QUERO ESPERIMENTAR O PRATO !!!!!!
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Parabéns MAGRÃO, MÔNICA E FAMÍLIA !!!!!
Que nos próximos anos vcs continuem sendo os CAMPEÕES …
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É isso aí Miguel,
merecidíssimo primeiro lugar,
O Luiz (magrão) é um dono que trabalha com ALMA,
parabéns,
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