Foto: Ligia Skowronski
Em viagem a Brasília no fim de semana passado para a cobertura da estreia da seleção brasileira na Copa das Confederações, jantei no sábado na companhia de amigos no peruano Taypá.
Meus amigos alertaram-me que a casa é um sucesso na capital do país, razão pela qual tivemos de chegar às 20 horas ao restaurante. Nós não havíamos feito reserva.
De fato, a casa lotou logo depois que chegamos, mérito do chef Marco Espinoza, peruano que comanda também o Lima Gastrô Bar, no Rio de Janeiro, e de seu auxiliar, o compatriota Giancarlo Arakaki.
Eles propõem mudanças no cardápio a cada seis meses e, entre as novidades, está a adoção de pratos da cozinha nikkei, que funde as gastronomias andina e japonesa.
Eleito o melhor restaurante da cidade pelos jurados da edição “Veja Brasília – Comer & Beber 2013/2014”, o Taypá apresentou altos e baixos na minha visita.
A noite começou muito bem. Éramos cinco à mesa e pedimos, de entrada, o ceviche taypá (R$ 52,00), uma série de três tipos diferentes dessa especialidade, à escolha do cliente. Optamos pelos de atum com leche de tigre (caldo de peixe com alho, gengibre e limão), criollo (peixe branco e polvo com crème de coentro) e o clássico, apenas de peixe.
Para acompanhar, pedimos uma garrafa do Leyda Sauvignon Blanc (R$ 65,00, talvez um pouco menos, se não me engano). Uma delícia.<
Quando partimos para os pratos principais, fiquei um tanto decepcionado com minha pedida, o cerdo glaseado en soya (barriga de porco ao shoyu com aroma de especiarias, acompanhada de arroz salteado oriental, R$ 48,00). Embora o ponto de cozimento estivesse bom — a carne fica cinco horas na panela —, o sabor do shoyu dominou o prato e roubou o sabor da carne. Um lamentável desequilíbrio.
Em compensação, fechamos bem a noite com um malbec ao qual sempre reputo boa relação entre preço e qualidade, o argentino Alto las Hormigas.
Taypá. SHIS QI 17, conjunto F, loja 208, Fashion Park, Lago Sul, (61) 3248-0403 e 3364-0403. http://www.taypa.com.br.