Sabiá desafinado

Sabiá: nem tão bom, nem tão ruim / Foto: Mario Rodrigues

Sabiá: nem tão bom, nem tão ruim / Foto: Mario Rodrigues

Dias atrás, fiquei no trabalho até mais tarde para evitar, na volta para casa, os transtornos decorrentes de mais uma manifestação na Paulista. Bateu a fome e tive de caçar algum bar com a cozinha aberta depois da meia-noite.

Eu não voltava ao Sabiá desde 2008, 2009, por aí. O salão vivia vazio, até que, de fato, fechou. O bar foi reaberto em 2011 e desde então uns amigos vinham comentado que, agora sim, o bar estava enchendo, legal e tal, e resolvi passar por lá.

O apetite, dizem, é o melhor cozinheiro. Mas convém não abusar de sua boa vontade, certo?

Pois é. Cheguei com fome e com sede e logo pedi um chope (bem tirado, R$ 5,50) e um pastel de camarão (gostoso, bem recheado, R$ 8,00).

Com o estômago já tranquilizado, relaxei e pedi uma dose de Claudionor (R$ 6,30), mais um sanduíche de bife à milanesa com rúcula (R$ 20,00).

Mas errei feio na pedida. E o bar desafinou legal na produção do sanduba. A começar pelo pão, que veio um pouco murcho. Para mim, se estiver 0,1% murcho, já é razão para reprovar. Com pão eu não brinco. E o recheio, confesso, me decepcionou. Faltou sal, tempero, sabor. Não valem os R$ 20,00 cobrados.

Antes de ir embora, tive tempo de flagrar algo que não gostaria. Eu estava aguardando pela nota fiscal, no caixa, quando vi um garçom devolvendo um copo de caldinho de feijão para o cozinheiro. O freguês havia reclamado da temperatura. Em vez de servir uma porção nova, aquecida, direto da panela, o que fez o cozinheiro?

Mandou pro microondas. Imperdoável.

Sabiá. Rua Purpurina, 370, Vila Madalena, tel. (11) 3032-1617.

 

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