Na Praia do Forte: o badejo, a franga, a tartaruga e a baleia

A conjunção entre os fatores dólar em alta, reforma/mudança do apê, frio em São Paulo e microférias confirmadas de última hora fez com aproveitássemos a semana de folga para passar quatro dias na Praia do Forte, litoral norte baiano.

Com as passagens bancadas por milhas aéreas, sobrou dindin para bancar uma pousadinha legal (Tatuapara, 220 reais a diária casal, na baixa temporada) e jantares nos surpreendentemente bons restaurantes instalados na vila. Durante o dia, a programação se resumiu a praia, praia, Projeto Tamar e praia.

Viajar à Bahia na baixa temporada é um grande negócio. Não só porque o preço dos hotéis cai, mas também porque as temperaturas são ótimas (média de 25 a 30 graus) e os dias, de sol, os lugares não estão tão cheios e, no caso da Praia do Forte, porque alguns restaurantes, passeios e pousadas participam do festival “Curta Praia do Forte” e oferecem um desconto de 25% nas tarifas e, finalmente, porque começa a temporada em que as baleias jubartes se aproximam da costa e, com isso, as operadoras de turismo locais passam a oferecer passeios de escuna para observação do balé aquático que esses mamíferos proporcionam.

Projeto Tamar (1): programa família, e dos bons

Projeto Tamar (1): programa família, e dos bons

Infelizmente não pude sair numa dessas escunas porque Ciça, minha filhota de 1 ano, não tem idade permitida para subir a bordo. O que não impediu que ela, papai e mamãe se divertissem e descansassem muito nessa viagem.

Logo no primeiro dia, fomos à base do Projeto Tamar (www.tamar.org.br). Embora não seja período de desova — que vai de setembro a março e é algo imperdivel —, a visita é um programa dos bons. Não tem como não se encantar com as tartarugas mantidas em cativeiro, de diferentes tamanhos e espécies, muito bem cuidadas. Integrante da promoção dos 25%, o Tamar ainda permite que você repita o passeio no dia seguinte, sem pagar. Para quem, como eu, tinha de gastar a energia de uma criança de 1 ano e 3 meses, é uma ótima notícia.

Projeto Tamar (2): tartaruga-pai e tartaruguinha

Projeto Tamar (2): tartaruga-pai e tartaruguinha

Dali, seguimos para a tranquilíssima praia de Itacimirim,  que fica 5 quilômetros distante da Praia do Forte. Foi ali, na praia da Espera, que Amyr Klink chegou após a célebre travessia do Atlântico a bordo de um barco a remo, em 1984. Se o ideal de praia corresponde a uma faixa de areia em forma de enseada, mar azulzinho pontuado por barcos de pescadores e coqueiros, você chegou ao paraíso. Não se trata de uma praia deserta, mas o sossego é garantido.

Seguindo a dica de minha amiga Sandra Moraes, fã número 1 de Itacimirim, fincamos base na barraca Franga Fogosa, vizinha a um condomínio, onde comemos um badejo pescado no dia anterior, grelhado, de um frescor absurdo. Por 90 reais, tomamos ainda três garrafas de cerveja, água de coco e água.

Praia da Espera, Itacimirim: em agosto, é assim

Praia da Espera, Itacimirim: em agosto, é assim

De volta à Praia do Forte, jantamos no Taverna Paradiso (http://www.tave.site4all.com.br/), talvez o melhor restaurante da vila — eis aí, a vila, um lugar dos mais familiares e alegres de nosso litoral, com crianças correndo para todo lado, já que é proibida a circulação de carros. Administrado por um italiano da Sicília, serve um saboroso risoto de camarão com aspargos.

No Sobrado da Vila (www.sobradodavila.com.br), duas noites depois, comi um bom camarão com molho de gengibre e arroz selvagem e tomei um bom chardonnay chileno do Chateau Los Boldos.

 

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