Vivos, um bar que sempre aparece

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Caldinho de feijão do Vivos Bar / Foto: Miguel Icassatti

Nesta semana, uma amiga postou no Instagram a foto de um restaurante chamado Japatchê: seria a mistura de um restaurante japonês que serve churrasco gaúcho (numa genial inversão de papeis, já que muitas churrascarias rodízio servem sushi e sashimi)?

Não importa. O fato é que trocadilhos como esse têm lá sua graça e me fazem lembrar de outros. Certa vez, quando eu era repórter da revista Playboy, meados de 1998, descobri em Fortaleza um motel chamado… Shopping. E uns bons 10 anos atrás, conheci um boteco vizinho a dois cemitérios (o do Araçá e o do Redemptor), em Pinheiros, cujo sugestivo nome era… Vivos!

E não é o que, passada uma década, o Vivos continua vivíssimo? O engraçado é que o bar fica em geral no meu caminho mas nunca mais eu havia voltado lá.

Na época em que foi inaugurado (pelas mãos do Gilberto, que havia sido maître do Original), cheguei a pensar que o bar talvez fosse morrer cedo. O ponto me parecia difícil (numa avenida movimentada, se lugar para estacionar), a casa estava sempre vazia.

Conforme havia me dito, na época, o Domingos – que foi um dos melhores garçons que já me atenderam na vida – o cardápio iria mudar, para ter porções mais triviais e pratos do dia, além de outras atrações, com o objetivo de atrair público.

Não acompanhei esse processo, mas, felizmente, me enganei. Estive lá recentemente e provei um caldinho de feijão, um pouco ralo, mas que veio numa tigela grande, com pão e muito torresmo frito na hora, esse sim, muito bom, com boa textura e sequinho.

E o menu, de fato, traz as triviais porções de boteco, nada de muito diferente, como a de calabresa e a de carne seca com mandioca frita.

O legal é que o bar fica aberto até as 3 da manhã e, com isso, é capaz de agradar aqueles que estiverem mortos de fome na madrugada.

Para beber, tem 24 rótulos de cachaça, à venda em dose ou em garrafa. Os preços variam de 8 reais (caso da Abaíra, feita na Bahia) a 46 reais, a dose da Anísio Santiago, de Salinas, Minas Gerais.

Passados dez anos desse breve reencontro com o Vivos, frustrei-me apenas por não ter reencontrado o Domingos. Se você tiver notícias dele, por favor avise-me.

Vivos. Avenida Doutor Arnaldo, 1215, Sumaré

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