E por falar em estádios…

Estádio Olímpico de Berlim Foto: Camila Antunes

Sempre que chego pela primeira vez a uma cidade procuro conhecer dois tipos de atração: estádios de futebol e mercados (sob a aba do chapéu “mercado” incluo feiras de rua, camelódromos e supermercados).

Mas é de estádios que quero falar. Num momento em que os principais estádios brasileiros estão em reforma para a Copa do Mundo de 2014 – a exceção do Morumbi, o mais importante de todos!, que, não sei não, ainda acho que vai receber alguns joguinhos do mundial – é interessante saber que a bola vai rolar por velhos-novos gramados, antes esquecidos.

Como pode ser visto nesta galeria de estádios publicada pelo viajeaqui, o Brasileirão 2011 terá partidas em Pituaçu (Salvador), no Presidente Vargas, em Fortaleza, e até em Macaé, no litoral norte do estado do Rio de Janeiro.

Aos torcedores mais fanáticos, eis um bom motivo para seguir os times e conhecer novas cidades, não só em dia de jogos.

É verdade que os clubes e/ou cidades e/ou estados que administram os estádios pelo país ainda estão engatinhando no que poderíamos chamar de “turismo de futebol”. As exceções, eu diria, são poucas.

Uma delas é o Estádio do Pacaembu, em São Paulo, onde fica o maravilhoso Museu do Futebol e cuja infra-estrutura fica disponível a qualquer pessoa que queira, por exemplo, fazer uma caminhada na pista ao redor do gramado ou mesmo tomar um sol na arquibancada.

Ao Morumbi é possível fazer visitas programadas, com direito a conhecer a espetacular sala de troféus, entre outras instalações.

Lembro-me que, quando criança, explorei o Mineirão, onde já assisti diversos jogos, e pude até pisar no gramado.

Fora do Brasil foram inesquecíveis:

– a visita a La Bombonera, do Boca Juniors, em Buenos Aires, onde estive por duas vezes: a primeira, em 2004, fiz a visita guiada pelos vestiários, loja, sala de imprensa, museu e gramado. Naquele dia, por sorte, Carlitos Tevez, que ainda jogava pelo Boca Juniors, estava no clube e pude tirar uma fotinho ao lado dele. Voltei ao estádio em 2009, quando assisti a um empate de 2 a 2 do time da casa com o Argentinos Juniors.

– as duas vezes em que fui ao Estádio Olímpico de Berlim. A primeira delas, na companhia de dois amigos, assisti a estreia do Brasil na Copa de 2006, o 1 a 0 contra a Croácia, gol de Kaká. Naquele dia tive a prova de que Deus existe: apesar de um amigo ter se perdido bem na hora que o jogo ia começar, ele conseguiu ver o jogo. Enquanto procurava por ele, eu encontrei um ingresso para a partida, jogado na alamenda que liga a estação de metrô ao estádio. Não localizei meu amigo – só fui revê-lo tarde da noite, já no nosso motorhome como qual rodamos a Alemanha – mas vendi o ingresso pelos mesmos 300 euros que tive de desembolsar ao cambista de quem comprei a entrada (que dava acesso ao setor destinado à amável torcida croata). Na segunda vez, em 2008, fiz um passeio por toda a área do estádio, que tem uma arquitetura monumental, como se pode ver pelas fotos deste post (desculpem pela qualidade das imagens).

No detalhe, a pira olímpica

– na mesma Copa, assisti no Estádio Olímpico de Munique ao jogo entre Alemanha e Argentina, que acontecia no Estádio Olímpico de Berlim. Como? Simples: a organização da Copa de 2006 instalou um megatelão no meio do gramado do estádio de Munique para que todos os torcedores e turistas que estavam na cidade pudessem torcer pelas equipes. Foi muito legal (ainda mais porque deu Alemanha, hehe)!

– o jogo entre Real Madrid e Atlético de Bilbao, em dezembro de 2006, no Santiago Bernabéu. Em sua fase “galática”, o Real tinha na equipe Ronaldo, Beckham, Roberto Carlos, Emerson, Raúl, Van Nistelrooy, Robinho, entre outros. O Real ganhou de virada, com gols de Ronaldo e Roberto Carlos. Não pude conhecer os bastidores do estádio mas fiquei impressionado com a organização dos setores, a acústica (se eu estivesse no lugar do jogador do Bilbao que foi expulso e tomou a mais sonora vaia de todos os tempos, eu teria saído do gramado aos prantos) e o acesso: há uma estação de metrô na porta, exatamente na porta do Bernabéu.

– a estreia do St. Pauli na segunda divisão do Campeonato Alemão de 2008-2009, em seu estádio em Hamburgo. Havia pelo menos 20.000 pessoas nas arquibancadas, em uma partida às 18 horas de uma sexta-feira. O bacana é que esse estádio é o único na Alemanha que tem autorização para que seja vendida cerveja na arquibancada, conforme contei aqui mesmo no Boteclando.

Mas preciso contar uma coisa: nenhuma dessas experiências se compara ao dia em que o São Paulo ganhou seu primeiro título da Taça Libertadores, em 1992, em pleno Morumbi. Eu estava lá.

Um frango para o Timão

É nos momentos difíceis que a amizade é submetida às maiores provas. Por isso quero agradecer aos amigos corinthianos que, após a derrota do meu São Paulo para o Avaí na quinta-feira passada, deixaram mensagens e mais mensagens de solidariedade no meu telefone celular.

Mais do que agradecer, quero retribuir tamanha demonstração de amizade e homenageá-los com a foto abaixo, clicada em uma das viagens que fiz a Hamburgo, na Alemanha, onde mora minha irmã.

Assim que saiu o gol do Neymar na final do paulistinha de ontem, o segundo do Santos, sabe-se lá o porquê, lembrei-me desse restaurante, que fica numa das ruas mais movimentadas do bairro português, a três ou quatro quadras do porto da cidade.

Essa região, que fica, aliás, às margens do Rio Elba, ganha uma intensa agitação nos meses de verão, que começa daqui a pouco no hemisfério norte.

O curioso é que na Churrascaria O Frango, gostoso, mesmo, é o bolinho de bacalhau.

Churrascaria O Frango: Reimarusstrasse, 17, Neustadt, Hamburgo,  Alemanha.