
Hambúrguer do Ritz. Foto: divulgação
Chegamos em Paris no dia 27 de dezembro, com temperatura positiva, de 3 graus. Mas por causa do vento, a sensação térmica fatalmente era de 1 ou 2 graus abaixo de zero.
Na região fronteiriça ao Quartier Latin, onde aluguei um studiozinho para passar quatro noites, um dos lugares mais quentes, em que foi possível abandonar o casaco, cachecol, luvas e gorro para tomar uns tragos, era o Coffee Parisien, que minha namorada havia conhecido em 2007.
Há outras unidades na cidade, mas a da pequenina Rue Princesse, nos arredores do Boulevard Saint German, sem dúvida é a mais acolheradora e movimentada.
A atmosfera do bar-restaurante tem um quê do paulistano Ritz. Balcão atraente e acolhedor, garçons, barmen e garçonetes boa-pinta e atenciosos, mesas pequenas e próximas umas das outras, ocupadas por casais e turmas de garotas, rapazes, mistas e de gays, sonzinho quase inaudível por causa da algazarra e aquele clima “faz de conta que não te vi chegar”.
Entre outros itens do cardápio, algumas versões de hambúrguer se destacam – encarei um certo ‘obamac burger’ (16,50 euros, se não me engano). Os dois bifões vieram ao ponto, conforme pedi, acompanhados de uma espécie de batat rôsti, pesadona, que dispensei. A carne tinha boa textura, mas achei que lhe faltou sal e tempero. O pão, surpreendentemente, em se tratando de França, também não era lá essas coisas. Ponto positivo para a mostarda.
Pensando bem, o hambúrguer mais simples do Ritz dá de dez nesse aí. E, modestamente, o que preparo em casa, com acém e gordura de picanha moídos juntos, dica do chef Benny Novak, do Ici Bistrot, também.
Foi legal, porém, ter acompanhado essa comilança bebendo um chardonnay genérico, da casa, bom e barato, por 9,50 euros a garrafa. De sobremesa, o que dizer de uma caminhada de dez minutos até o studio, Boulevard Saint Michel acima? Paris.
Coffee Parisien. 4, Rue Princesse, 6ème, tel. 0XX33-0143541818, Paris, França.
Ritz. Alameda Franca, 1088, Jardim Paulista, tel. (11) 3062-5830, São Paulo.