E por falar em Paris…

Paris e França têm estado presentes na minha vida ultimamente, ainda que no cinema ou engarrafadas com vinhos.

Dos três últimos filmes que vi no cinema, um tem como cenário o interior da França – o poético Minhas Trades com Margueritte, com Gérard Depardieu – e os demais a capital: Meia-Noite em Paris, de Woody Allen, e o fabuloso Gainsbourg, O homem que amava as mulheres (e que mulheres…).

Meia-Noite em Paris (foto: divulgação)

E entre os vinhos que tenho tomado, por sorte e oferta dos amigos, os rótulos franceses têm sido insuperáveis, como este Baron de Pichon-Longueville 2002:

Essa alta dose de Paris me fez lembrar, não por acaso, do Le Cosi, onde jantei na viagem mais recente que fiz à cidade, no réveillon de 2010. A bem da verdade, esse restaurante tem um ambiente bem cute-cute, gostosinho, e uma culinária razoável, mas que no fim das contas valeu os 100 eurinhos que Camila e eu deixamos ali justamente pela somatória desses itens – e por estar em Paris, é claro.

Os pratos ali têm inspiração na gastronomia da Córsega e da Provence, caso da cocotte (sopa) de legumes com foie gras (13 euros) e da versão da casa para o entrecôte (26 euros).

O mais legal do Le Così, porém, é mesmo o seu entorno, aquele miolinho da Rive Gauche e dos Jardins de Luxemburgo, com suas ruas cada vez mais silenciosas conforme os ponteiros do relógio vão chegando e ultrapassando a meia-noite. São perfeitas para uma caminhada sob a chuva, como sugere Gil, o protagonista de Meia-noite em Paris, ou sob o frio do inverno, como felizmente pude experimentar.

Le Così. Rue Cujas, 9, Paris.

PS: propaganda nunca é demais. Paris está na capa da VIAGEM E TURISMO de agosto/2011.

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Um breve balanço da primeira semana de 2011

Le Jazz / Foto: Cida Souza

Aos poucos, os bares e restaurantes da cidade vão retomando suas atividades após a merecida pausa de fim de ano. De quarta à noite ao almoço de hoje, passei por três lugares. Aqui vão minhas primeiras impressões gastronômicas de 2011:

Seu Domingos (Rua Fidalga, 289, Vila Madalena), quarta-feira à noite: este bar, inaugurado no finzinho de 2010, pertence ao empresário Flavio Pires, que legou à Vila Madalena endereços lendários como o Santa Casa e o Quitandinha, que passa por bom momento. Já a nova casa, aberta na esquina das ruas Fidalga e Aspicuelta, ainda não decolou. Tomei algumas garrafas de Serramalte (R$ 7,00) e provei proções absolutamente triviais, como a dos massudos bolinhos de arroz com gorgonzola e a de linguiça na chapa.

Così (Rua Barão de Tatuí, 302, Santa Cecília, http://www.restaurantecosi.com.br), jantar de quinta-feira: coincidentemente, decidi passar por lá justamente no dia em que o restaurante estava reabrindo. Notei que os preços subiram, em comparação com a visita mais recente, se não me engano em outubro. O polpettone está melhor do que antes. Já o agnolotti de cordeiro pareceu-me pesado demais. Ainda hoje pela manhã eu conversava com o prato.

Le Jazz (Rua dos Pinheiros, 254, Pinheiros, http://www.lejazz.com.br), almoço de hoje: salão incrivelmente cheio na primeira sexta-feira do ano – ainda bem que meu amigo havia feito reserva. Cheguei ávido para provar a porção de moulles et frites (mexilhão com batata frita), mas o garçom disse que só estaria disponível para o jantar. Tudo bem, a bisteca de porco com molho de cogumelos, brócolis e purê de batata recompensou.

E hoje à noite, o que vai ser?