Minuto de silêncio para o Sr. Carlinhos

Neste domingo, 27, às 11 horas, na Paróquia Armênia Católica São Gregório Iluminador (Avenida Tiradentes, 718) será celebrada a missa de sétimo dia de Missak Yaroussalian, o “Carlinhos”, criador do arais, a delícia da gastronomia paulistana reproduzida na foto abaixo e servida diariamente em seu restaurante no bairro do Pari.

Arais, do Restaurante Cralinhos

 

Neste post, o jornalista Marcelo Duarte, um entusiasta do arais, descreve a biografia do Sr. Carlinhos, que vem a ser o pai de dois amigos meus de infância: o Fernando e o Fábio, que ao lado da mãe, dona Vartuhy, manterão o legado do pai à frente do restaurante.

Para além dos arais, dos basturmalãs e de outras receitas sirio-armênias que ele preparava (e, consequentemente, para além de ter sempre esses motivos para sempre voltar ao bairro em que passei grande parte da minha vida), tomo como uma grande lição deixada pelo Sr. Carlinhos a importância que temos de dar à família.

Se você já foi ao Carlinhos, recebeu o abraço de boas-vindas do Fernando na entrada, notou a elegância com que Dona Vartuhy comanda o caixa e conferiu, na boca da cozinha, como era a sintonia de trabalho entre Missak e Fábio, então, você sabe do que eu estou falando.

 

 

 

O melhor chinês de Japatown

Deem uma olhada no vídeo abaixo, que recebi de um amigo. Em seguida voltamos a conversar.

httpv://www.youtube.com/watch?v=auhHl5-6VdY

Assim que vi esse vídeo, lembrei-me do Rong He, sobre o qual escrevi há muito tempo, restaurante chinês localizado no bairro da Liberdade, o Japatown de São Paulo.

Quem quiser encontrar o malabarista do vídeo acima provavelmente terá de viajar meio mundo e procurá-lo em algum restaurante de Xangai ou de Pequim.

Mas àqueles que quiserem conferir um show similar – e ao vivo! – mas com outro malabarista das massas, a dica é baixar no Rong He e conferir as habilidades do chef Yang. Através do vidro que separa a cozinha do salão de decoração simples, ruidoso, o público pode ver Yang esticar, puxar e cortar a massa do macarrão (que será servido ensopado, como os noodles, em diferentes receitas). É um verdadeiro show.

Entre as opções do cardápio, não se deve dispensar o macarrão picante com frutos do mar, bem como outras sugestões que fogem completamente do clichê yakisoba e rolinho primavera. Há muitas opções com essa pasta e pescados, pois a família de Yang é procedente da costa nordeste chinesa.

Além dessa inesperada sessão de malabares e das receitas com as pastas chinesas, o que me deixa com água na boca toda vez que lembro do Rong He é a porção de amendoins apimentados. São graúdos, cozidos, úmidos e temperados com pimenta entre outros condimentos. Para prová-los com alguma bebida, esqueça a cerveja e leve de casa uma garrafa de espumante.

Acredite, esses amendoins merecem um brinde.

Rong He. Rua da Glória, 622-A, Liberdade, tel. (11) 3275-1986.