<!–[if !mso]> st1:*{behavior:url(#ieooui) } <![endif]–> Das 30 e tantas horas que passei em Bogotá, precisei de poucos minutos para me dar conta que havia me tornado mais uma vítima do mal da altitude – aquele mesmo problema que alguns jogadores de futebol sofrem quando têm de jogar uma partida nas cidades sulamericanas situadas bem acima no nível do mar (a partir de agora, juro, vou pensar duas vezes antes de criticar o desempenho das feras do Muricy, quando o São Paulo tiver algum desafio desses pela Libertadores).
É o caso da capital da Colômbia, que está localizada a 2 640 metros de altitude – o máximo que eu havia experimentado, quando adolescente, foram os 2 420 metros do Pico dos Marins, o ponto mais elevado do estado de São Paulo, na Serra da Mantiqueira.
Logo depois do desembarque, já comecei a sentir uma fadiga acima do normal, traduzida em uma pausa para recuperar o fôlego a cada quarteirão percorrido. E fiquei meio de pileque no meio da primeira latinha da Club Colombia, uma boa marca de cerveja local.
Ainda assim, ao chegar ao mexicano Enchiladas (foto), ignorei todas as recomendações de saúde que constavam num folheto que vi no hotel. Nesse restaurantezinho encravado numa casa colonial no centro histórico de Bogotá, em vez de água, pedi um copo de cuba libre. Na hora de escolher o prato, optei por algo, por assim dizer, pesado: “puntas de lomito al albañil (tiras de filé, acompanhadas de arroz com coco, feijão preto, tacos, salada e guacamole).
Pedido feito, cuba libre na mesa, inadvertidamente comecei a passar um pouquinho do guacamole nuns nachos postos à minha frente. Foi somente quando comecei a ficar tão vermelho quanto pimenta jalapeño que dei atenção ao que o garçom tinha falado calmamente, baixinho, meio de soslaio:“está picante, señor.”
Eu juro, foi o guacamole – sim, “o”, assim como o correto é “o” tequila – mais ardente que já provei. Refeito, passei a reparar naquela decoração típica e kitsch, com fotos de Frida Kahlo, Diego Rivera, Chaves e Chapolim ocupando as paredes.
Em São Paulo, meu lugar predileto quando quero provar receitas mexicanas tem sido o Obá. Na verdade, a casa tem um cardápio mexicano-brasileiro-italiano-tailandês. E cobra preço justo pelos pratos que prepara. Aliás, nas duas últimas edições da São Paulo Restaurant Week, aquele festival que ocorre em agosto e para o qual algumas casas montam um menu-degustação a um preço baixo e revertem parte da renda para a Fundação Criança, o Obá montou um cardápio redondinho e atendeu decentemente quem optou por essa opção mais econômica.
Algo que outras casas participantes não fizeram, com os garçons olhando meio torto, atendendo mal e os chefs criando receitas sem graça.
Gosto especialmente do capítulo “envolvidos e enrolados”, que inclui uns taquinhos de carne de porco, com um molho de ervas bem gostoso e guacamole – este sim, temperado com mais parcimônia.
Enchiladas Cocina Mexicana. Calle 10 nº 2-12, La Candelaria, Bogotá, tel. 00XX57 1 286-0312
Obá. Rua Melo Alves, 205, Jardim Paulista, São Paulo, tel. (11) 3086-4774.
Miguel,Já comeu na Casa dos Cariris, da cozinheira atrevida Lourdez Hernandez?Em São Paulo, comida mexicana melhor não há!Abraço!
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Salve, Júlio:ainda não tive este prazer. Pode passar as coordenadas?abração, obrigado pela dica e volte sempre.
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Sim, é claro!A Casa dos Cariris é a casa da Lourdez mesmo, e ela abre, em média, uma vez por semana com ingredientes frescos do México.Ela viaja hoje, mas, assim que ela voltar, vejo quando é o próximo jantar e faço uma reserva pra ti, ok?Abraço e feliz 2009!
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Caro Júlio,Agradeço muitíssimo a gentileza. Mas quero combinar com você o seguinte: por favor, avise-me qundo ela estiver de volta para que eu mesmo faça uma reserva em nome de outra pessoa. Quero evitar qualquer tipo de privilégio. Assim, depois que conhecer a Casa dos Cariris, comer e pagar a conta, aí sim me identifico e converso com a Lourdez. Pode ser?Abração!
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Claro!A coisa funciona assim: Sempre que tem um jantar, ela dispara um mailing, sempre com um ótimo texto (ela foi crítica gastronômica no México por 15 anos!), e o cardápio. Nesse email, cadastra-se para o jantar.O próximo eu te repasso, e você entra em contato. Beleza?Ah! Para isso, preciso de seu email! Abraço!
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Caro Júlio,Entendido; aí está: micassatti@abril.com.br.valeu!
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